quinta-feira, 7 de junho de 2007

Auditória em Enfermagem



Auditoria e ............

uma avaliação planejada,independente e documentada para determinar se as exigências
acordadas estão sendo satisfeitas

AUDITORIA -CONCEITUAÇÃO
ATIVIDADE FORMAL E DOCUMENTADA EXECUTADA POR PROFISSIONAL HABILITADO
(que não tenha responsabilidade direta na execução do serviço em avaliação)
UTILIZANDO MÉTODO DE COLETA DE INFORMAÇÕES (baseada em Evidências Objetivas e Imparciais)
FORNECE SUBSÍDIOS PARA VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA DO SISTEMA DA QUALIDADE DA ORGANIZAÇÃO

AUDITORIA - REGRAS FUNDAMENTAIS

A AUDITORIA é uma função da GERÊNCIA
Os AUDITORES são QUALIFICADOS para desempenhar suas tarefas.
As MEDIÇÕES são realizadas contra PADRÕES definidos.
As CONCLUSÕES são baseadas em FATOS.
Os RELATÓRIOS de Auditoria se focalizam no Sistema de CONTROLE.

AUDITORIA PODE SER ....
AUDITORIAS DE SISTEMAS
Visam determinar a eficácia e conformidade do sistema da qualidade com os padrões de referência adotados
 Podem ser realizadas em todo o sistema (total) ou em elementos do sistema(parcial)
 Apresentam como domínio a aplicação e eficácia dos controles do sistema para a gerência eficaz do programa
 São conhecidas por vários outros nomes (auditoria de gerência, auditoria operacional, auditoria de programa) e substituições dos termos revisão e avaliação em lugar de auditoria.

Classificação quanto à PROGRAMAÇÃO
AUDITORIAS INTERNAS e AUDITORIAS EXTERNAS
____________________________________________
 Inicial  de Acompanhamento (ou follow-up)  Periódica

Classificação quanto à APLICAÇÃO

AUDITORIA PREVENTIVA:
 Evitar a tendência eventual de não atendimento dos requisitos;
 Reduzir a quantidade de reparos, retrabalhos ou rejeições;
 Verificar a adequação e implementação dos procedimentos;
 Implantar ações corretivas e preventivas.
AUDITORIA CORRETIVA:
 Levantar as causas, apontar soluções e proceder o “feedback” de informações para corrigir as não-conformidades;
 Implantar ações corretivas e preventivas.

PROCESSO DE AUDITORIA

O Ciclo PDCA da Auditoria
A- Atuar corretiva e preventivamente no sistema
P- Preparar e planejar
C- Realizar análise critica sobre o resultado
D- Conduzir e relatar constatações.

COMPONENTES DA AUDITORIA: AUDITADO - AUDITOR - CLIENTE

ATIVIDADES NAS AUDITORIAS

PRÉ-AUDITORIAS:Programação da Auditoria, Planejamento da Auditoria, Preparação da Auditoria, Organização da Equipe de Auditores, Reunião Preliminar e Notificação da Auditoria
DURANTE AS AUDITORIAS:Reunião Inicial, Desenvolvimento da Auditoria, Reunião da Equipe de Auditores e Reunião Final
PÓS-AUDITORIAS:Relatório de Auditoria e Acompanhamento da Solução das Não Conformidades

FASES DO PROCESSO DE AUDITORIA

 Programação da Auditoria
 Preparação inicial para a Auditoria
 Planejamento detalhado
 Condução da Auditoria e Avaliação dos fatos levantados
 Apresentação dos Resultados
 Acompanhamento das ações corretivas.[

FASE DE PREPARAÇÃO
Definir o objetivo da auditoria
Definir o escopo da auditoria
Determinar os recursos utilizados pela equipe
Identificar a autoridade para a auditoria
Identificar as normas de execução a utilizar
Desenvolver uma compreensão técnica do processo a ser auditado
Contactar com os auditados
Fazer uma avaliação inicial dos documentos referentes às exigências mais altas
Desenvolver checklists escritos das necessidades de dados.

FERRAMENTAS BÁSICAS DO AUDITOR (I)
Listas de Verificação (Checklists)

Estudar bem e com antecedência a documentação de referência para elaboração da LV;
Conhecer previamente o local / processo a ser auditado;
Realizar perguntas cujas respostas possam ser comprovadas através de evidências objetivas;
Elaborar as perguntas de forma impessoal e obedecendo uma seqüencia lógica;
Relacionar a pergunta da LV com o item da documentação de referência.

FERRAMENTAS BÁSICAS DO AUDITOR (II)

O QUE? (What)
QUEM ? (Who)
ONDE? (Where)
QUANDO? (When)
POR QUE? (Why)
COMO? (How)

PLANO DE AUDITORIA


O que será coberto em uma auditoria específica ou seqüência de auditorias
Preparado pelo líder da equipe de auditoria
Composição:
 Título e nº da Auditoria  Membros da Equipe
 Auditado  Programa Geral
 Objetivo  Revisão e Aprovação
 Escopo
 Normas de Execução
 Organizações afetadas
 Interfaces


FASE DE EXECUÇÃO

Reunião com o auditado
Compreensão dos controles de processo e de sistema
Verificação do funcionamento desses controles
Comunicação entre os membros da equipe
Comunicação com o auditado

FASE DE RELATÓRIO

O relatório é o produto final da auditoria
O relatório deve ter precisão, clareza, concisão, relevância, consistência e comparabilidade
Conteúdo: Introdução e Sumário (itens obrigatórios),Constatações (conclusões adversas), Práticas positivas (realizações notáveis) e anexos (opcionais)

FASE DE ENCERRAMENTO
( Inicia com a emissão do relatório formal)
Avaliação da resposta
Verificação da resposta
Encerramento da Auditoria
Reunião dos registros
 Ação Corretiva (Componentes fundamentais da Ação Corretiva)
Identificação do problema e de sua causa
Correção do problema e de sua causa
Garantia de que a solução funciona

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE AUDITORIAS
Avaliação da organização para a Qualidade
Realização de palestras para a alta administração
Realização do curso de Auditoria
Implantação do Programa de Auditorias
Acompanhamento das atividades de auditorias
Avaliação do programa implantações

QUALIFICAÇÃO DO AUDITOR
 Conhecimento do processo a auditar
 Conhecimento técnico do processo a ser auditado
Habilidade de comunicação,falada e escrita


PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS NAS AUDITORIAS
Associação da auditoria técnica à sindicância
Reversão da auditoria
Pânico
Apatia
Antagonismo interno
Busca de responsáveis
Busca de justificativa
Falta de motivação
Refratariedade

CUIDADOS NA AUDITORIA
Evidenciar objetivamente os fatos
Verificar nos locais de execução
Constatar em conjunto com o auditado
Registrar as informações levantadas
Evitar comparações com outras organizações
Não interromper atividades
Destacar aspectos positivos
Separar aspectos vitais dos triviais
Tratar adequadamente os auditados
Evitar termos genéricos (alguns, muitos etc.)

CARACTERÍSTICAS DE UM PROGRAMA DE AUDITORIA BEM-SUCEDIDA
 Foco nos sistemas

 Auditoria de âmbito completo

 Confiança na inferência

 Parceria com os gerentes operacionais

A auditoria de enfermagem hoje abrange vasta área de atuação . Enfermeiros Auditores estão presentes nas instituições de saúde como:
Serviços de educação continuada
Serviço de faturamento
Serviços de credenciamento para realização de vistoria técnica da rede.
Autorizações pela verificação e análise da compatibilidade dos procedimentos solicitados com a realidade contratual entre Operadora, Prestador de serviços e Cliente.
Serviços de contas médicas na orientação e coordenação dos aux de revisão de contas e nos serviço de auditoria de enfermagem e médica propriamente dita.
A auditoria de enfermagem ,quando implantada nos serviços de saúde e operadoras, estará interligada com todas as outras áreas da empresa e essa comunicação entre setores possibilitará o sucesso deste trabalho.

TIPOS DE AUDITORIA

Do ponto de vista técnico a auditoria é definida em dois tipos:

Auditoria de análise de documentos: que trata da análise de documentos, permitindo a identificação de situações que fogem aos padrões rotineiros.

Auditoria de observação de documentos: que trata da observação de documentos, e fatos, bem como se for necessário, do exame do paciente.

As duas sugestões que podem ser utilizadas em nosso trabalho como técnica de auditoria.

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PSF(Prógrama saúde da familia)





A origem do Programa Saúde da Família (também conhecido como PSF)remonta a década de 70, quando, em vários locais do Brasil, iniciaram experiências em Saúde Comunitária, como no Murialdo, em Porto Alegre, na UERJ, no Rio de Janeiro,e na UFPE, no projeto Vitória de Santo Antão. Em 1993, O Ministério da Saúde do governo brasileiro constituiu um grupo de profissionais com experiência em Saúde Comunitária para elaborar um a proposta para dar conta da Integralidade proposta pelo SUS e incorporando o PACS. Assim,definiu-se este modo de atendimento ao usuário do SUS. O PSF foi implantado como política de Atenção Básica pelo Governo Itamar Franco em 1994, sendo precedido pela implantação do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde).

No Brasil a origem do PSF remonta criação do PACS em 1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a Constituição, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. Em 1994 o Ministério da Saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais. Atualmente, reconhece-se que não é mais um programa e sim uma Estratégia para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e resolutiva.

Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reaorganização da Atenção Básica no Brasil, o governo emitiu a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica — que tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalização, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.

Como conseqüência de um processo de des_hospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar.


Características e composição

De acordo com a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, além das características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica ficou definido as características do processo de trabalho da Saúde da Família:

  1. manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território;
  2. definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área adstrita, que compreenda o segmento populacional determinado, com atualização contínua;
  3. diagnóstico, programação e implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas de saúde mais freqüentes;
  4. prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias e da própria comunidade;
  5. trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;
  6. promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, buscando parcerias e integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde, de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão municipal;
  7. valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito;
  8. promoção e estímulo à participação da comunidade no controle social, no planejamento, na execução e na avaliação das ações; e
  9. acompanhamento e avaliação sistematica das ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho.

Baseado nesta mesma portaria foi estabelecido que para a implantação das Equipes de Saúde da Família deva existir (entre outros quesitos) uma equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo que a média recomendada é de 3.000. Esta equipe, composta por minimamente médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem (ou técnico de enfermagem) e Agentes Comunitários de Saúde, deve ter uma jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os integrantes.


Atribuições dos membros da Equipe de Saúde da Família

As atribuições dos profissionais pertencentes à Equipe ficaram estabelecidos também pela Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006, podendo ser complementadas pela gestão local.

Atribuições comuns a todos os Profissionais que integram as equipes

  1. participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, inclusive aqueles relativos ao trabalho, e da atualização contínua dessas informações, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;
  2. realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações,entre outros), quando necessário;
  3. realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
  4. garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas e de vigilância à saúde;
  5. realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;
  6. realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
  7. responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros serviços do sistema de saúde;
  8. participar das atividades de planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;
  9. promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;
  10. identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais com a equipe, sob coordenação da SMS;
  11. garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de informação na Atenção Básica;
  12. participar das atividades de educação permanente; e
  13. realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.

Do Enfermeiro do Programa Agentes Comunitários de Saúde

  1. planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
  2. supervisionar, coordenar e realizar atividades de qualificação e educação permanente dos ACS, com vistas ao desempenho de suas funções;
  3. facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e ACS, contribuindo para a organização da demanda referenciada;
  4. realizar consultas e procedimentos de enfermagem na Unidade Básica de Saúde e, quando necessário, no domicílio e na comunidade;
  5. solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;
  6. organizar e coordenar grupos específicos de indivíduos e famílias em situação de risco da área de atuação dos ACS; e
  7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.

Do Enfermeiro

  1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
  2. conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações;
  3. planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
  4. supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem;
  5. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, ACD e THD; e
  6. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Médico

  1. realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
  2. realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);
  3. realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, ginecoobstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos;
  4. encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contrareferência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência;
  5. indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
  6. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; e
  7. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem

  1. participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);
  2. realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; e
  3. participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.